25.7.11

[ aprendizados e poemas meus ...]



O que aprendi lendo Marta Medeiros, aprendi meio sem querer querendo que de fato tenho certa razão em ser como sou, precisei folhear quinze crônicas suas para entender que meus passos são só meus e que se mais ninguém gostar é problema do outro, precisei folhear mais quatro paginas para me desculpar do meu entendimento do gostar...
Preciso enviar uma carta a ela, preciso dizer que bom ter me dito que minhas verdades são boas, que olhando de certo ângulo temos nossas questões pessoais, apenas isso, questões e escolhas pessoais...
Compreendido isso, vou ali tomar um conhaque com o cara mais velho, escutar mais uma vez de sua boca que sou um desassossego para ele que está a procura de um lugar para pousar e ser feliz na tranqüilidade da idade, o que posso fazer se me encanta essa forma dele me ver, apenas isso, me encanta! 

14.7.11

O que nem em mil anos poderia explicar




Eu sei que é chato ficar brincando com a comida, é que nada me desce, nada me sobe, nada me deixa, nada me refresca, nada me acalma, tudo me atribula, tudo me deixa estatua, tudo me faz crer em tirar meu coração do meu peito, tudo me deixa confusa de ser e ter...
O garçom chega com meu refrigerante na mesa meus amigos do trabalho vão discutindo sobre novos caminhos eu vou ali brincando com o copo, e lembrando do papo com o tal homem do bar...
- eu pago uma tequila para você, e bebemos juntos que tal?
- minha mãe diz para nunca beber e aceita bebida de gente estranha, hehe
- poxa, teus olhos me encantaram tanto, uma dose só e te deixo ir!
Eu fiquei ali até dar quatro horas da manha e o bar men praticamente nós expulsar do bar, caminhando até meu carro ele vai berrando ao fundo...
- olha Capitu posso não ser Bentinho, mas lhe digo que estou fascinado, doente por esse teu olhar de mar sem fim! 

1.7.11

As voltas da padoca!




Sentada na cadeira gelada da padoca, vou assoprando o cappuccino da xícara , e cortando com os dedos o pão de queijo, relembrando a noite de bebedeira e de verdades ditas ao menino do corredor da faculdade...

Falei demais, eu falei de menos, eu fui melancólica, eu fui mulher, fui madura, fui bêbada, fui demente, fui sensacionalista, briguenta, cruel, mal amada, desdenhada, carente , cretina, eu fui tantas e mais um pouco de Capitu ...

E do que adiantou?! Cá estou eu tomando cappuccino, comendo pão de queijo, ansiosa para ligar para o aventureiro e torcendo pro Ray Ray não ter destruído a sacola com a minha blusa nova, já que ele deu pra morde todas as coisas do apê! 

Posso dizer que beber demais é um ato de covardia, mas nem é, posso justificar a minha crueldade como vingança feminina, mas nem é, deveria dizer que a carência e melancolia vêm por causa de semanas ruins, mas nem é, aprendi com meu pai que tem atos das nossas vidas que não cabem justificativas, apenas uma boa xícara de cappuccino óculos escuros, e um tico de dignidade!  

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