6.1.11

Você é assim...



“eu só queria me casar com alguém igual a você, e alguém igual não há de ter...”

Não foi o bastante ter me feito revirar na cama! Não foi o suficiente, ter me feito acorda remexida assim?! Tinha que cruzar meu caminho tinha que tomar café na mesma padaria que eu? E no mesmo dia e no mesmo horário?!

Tinha que se aproximar e puxa a cadeira que estava vazia de propósito, e eu boba aceite tal petulância! “quando é que você vai sacar que o vão que fazem suas mãos é só porque você não está comigo”

— encontrei teu irmão na festa de Re, e ele disse que saiu de casa
— sim! Não esbocei nenhum tipo de feição, é melhor assim, ele tem que enxerga o lugar dele na minha vida!
— ontem eu vi uma foto nossa você ainda tinha aquela franja mal cortada e com um band-id das princesas na testa lembra?!
— ainda tem foto nossa, aliás, fotos do pessoal?
— fotos nossas! Sim ainda tenho!

Ele fez questão de falar a nossa e me esboçar aquele sorriso que me gela alma que gela meu coração, que me irrita e tranqüiliza tudo aqui dentro, sorriso que decifra cada cicatriz minha, cada palavra mal falada, mal concluída!Levantei com tudo, não quis nem saber se havia terminado, pois eu não conseguiria ficar mais um minuto ao lado dele!

“eu estava em paz quando você chegou...”

— viu... Você não sabe o melhor, eu sonhei a noite inteira com esses lindos olhos, e com aquele perfume de flores que só tu tens!

Não virei, apenas escutei e segui até o caixa, a padaria não estava cheia, mas tinha pessoas o suficiente para me constranger! Fiz meu habitual coque, procurei na minha bolsa extra gigante minha carteira, e pra piora não a encontrava!

— pelos velhos tempos, coloca junto com a minha!
— não precisa! Detesto quando fala isso, tenho dinheiro, só não to encontrando a minha carteira!
— tá! Mas deixa-me ser o cavaleiro, o provedor dessa relação e pagar!
— que relação?!
— ah não faz isso ratinha!
— nunca mais me chame assim!
— sabe... Você sempre foi caruda pra tanta coisa, e a gente?
— e a gente?! Nunca existiu! Obrigada fico te devendo!

— “na minha boca agora mora o teu nome, é a vista que os meus olhos querem ter”, te lembra algo? E foi ali que me roubastes de novo! 

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