6.4.11

Eu e Maysa!



Uma musica meu pai disse na ultima aula de violão, distraída disse, ah qualquer uma! Ele insistiu na pergunta, e eu irritada, mando: hoje eu quero tocar Maysa! Ele pegou a pasta de musica, procuro e tirou dos plásticos algumas canções dela, e disse: - sirva-se!

É tão complicado escolher Maysa, ela é tão ela que fica complicado escolher por escolher, pra passar o tempo, demorei alguns minutos, e decido tocar a noite do meu bem, meu pai vai me explicando o tom, e eu imaginando que logo mais a aula acabaria e eu ficaria mais entediada do que no começo!

“- ah eu quero o amor mais profundo, eu quero toda beleza do mundo para enfeitar a noite do meu bem... quero a alegria de um barco voltando, quero ternura de mãos se encontrando, para enfeitar a noite do meu bem., ah como esse bem demorou a chegar....”

Ao tocar ela , algumas lágrimas foram caindo dos meus olhos e molhando meus dedos desconcentrados nos acordes do violão, teimosa permaneço nesse tocar tristonho, solitário, meu pai não disse nada, apenas continuo a me explicar o deslizar dos dedos!

Até a minha teimosia passar, até as minhas lágrimas criarem vida e interromper toda a tranqüilidade que por algum instante esteve em mim, olho para ele e digo sem graça de tudo : - é pai, Maysa sabe me fazer chorar! Guardo meu violão pego as canções esparramadas no sofá, enxugo as lágrimas, o beijo e vou para a casa...

Pelo caminho digo a mim: - hoje eu quero um pouco de mim, em qualquer nota de musica, quero sentir um pouco do que sou um tanto do que fui, hoje eu quero paz, aquela paz que nunca me foi de direito! Hoje quero a alegria de criança! 

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