“” eu quero que você venha comigo...”
Eu tenho pavor de entrar no avião, é uma tensão tão desesperadora,
mas é algo que sei que logo passa quando coloco meus pés na praia do arpoador! Dessa
vez essa viagem é clandestina, deixei um recado simples para o porteiro dizendo:
se me procurarem diga que eu fui correr o mundo!
Devo lhe dizer: para de me atentar assim, para de
fazer eu arrumar e desfazer as minhas malas assim, não atice mais essa minha
filosofia nômade, tu ainda não notou, mas você fez eu larga uma vida nada minha
para viver o que sou!
Saltar daquele taxi e caminhar pelas áreas da praia
me trouxe a consciência dos meus descasos com as pessoas de casa! Casa essa que
está desfeita a meses, mas que ainda são meus queridos, minhas dores, em fim,
fazem parte de uma parte de mim!
J
á lhe disse que cada fugida para cá me torno mais
dessa cidade, até meu andar fica sedutor! Como pode né? Esse meu gingado de
mineira aperfeiçoado para a da carioca....
Ah vc tem que parar de me roubar! Você precisa
entender, que de certa forma eu pertenço a algum lugar, que mesmo não acreditando
em casas fixas eu devo ter uma morada...
Todo esse discurso acaba quando a gente dança aquela
canção do Chico! Eu bem sei que sou dessas mulheres que só dizem sim!
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